POR QUE GOSTO DE QUEM ME FAZ SOFRER?
Por que gosto de quem me faz Sofrer?
por Andre Lima
Gostar de pessoas que rejeitam ou causam algum tipo de sofrimento é algo mais comum do que se possa imaginar. Observamos homens e mulheres que se sentem atraídos por pessoas que traem ou que têm comportamentos destrutivos nos relacionamentos.
Ao mesmo tempo, não conseguem gostar de alguém quando essa pessoa é boa e lhes dá atenção. Esse comportamento tem uma raiz inconsciente que eu vou explicar melhor nesse artigo.
Parece até que a pessoa gosta de sofrer por que somente se atrai por relacionamentos que causam dor. Mas não é exatamente isso. O problema é um pouco mais profundo. Na verdade, ninguém gosta de sofrer, mas pode ficar condicionado a uma busca incessante por aprovação desde a infância.
Para que a criança possa desenvolver a sua autoestima e sentir que é um ser humano que tem valor, ela precisa receber amor e atenção de forma suficiente e adequada durante a sua formação.
A criança aprende a amar e aprovar a si mesma através do amor e atenção que ela recebe de fora.
Se a criança vive em um ambiente onde esse amor e atenção são oferecidos, à medida que ela cresce, vai amadurecendo e internalizando profundamente que tem valor e gradativamente vai deixando de precisar dessa fonte externa de amor pra se sentir validada. Quando isso acontece, torna-se um adulto saudável, que ama e aprova a si mesmo de forma incondicional.
Mas, a maioria das pessoas não vai receber essa atenção e amor de uma forma suficiente e adequada. Muitos vão passar por experiências que deixarão marcas de rejeição. Uns mais, outros menos. O sentimento de rejeição é gerado a partir de vários tipos de experiência: críticas, indiferença, cobranças excessivas, falta de atenção, abuso físico e psicológico etc..
Quando a criança passa por essas experiências, inconscientemente, ela interpreta que deve ter algo de errado com ela, que talvez ela não seja digna de receber amor. E assim desenvolve problemas em sua autoestima, ou seja, dificuldade de amar e aprovar a si mesma.
Aproveitando o tema da autoestima, elaborei um teste pra que você avalie como anda a sua. O mais importante desse teste não é a nota que você vai chegar no final, e sim, a reflexão que cada pergunta vai trazer à tona pra você. O teste você acessa neste link: Teste e Descubra como Está a Sua Autoestima.
Por mais estranho que isso possa parecer, quanto mais rejeição a pessoa sofreu durante sua infância, maior a tendência de que ela fique “viciada” em ser rejeitada. Essa foi a maneira distorcida que ela aprendeu a se relacionar e receber “amor”.
Na verdade, ela vive em busca da aprovação dessas pessoas que a rejeitam, e costuma receber breves momentos de aprovação, que são apenas migalhas. Quando esses momentos ocorrem, sentem-se muito bem.
Mas é algo temporário e logo vem a rejeição mais uma vez, e com a rejeição, vem novamente a necessidade de ser aprovada. E vira um circulo vicioso de: Rejeição – Busca por Aprovação – Alívio temporário quando consegue – Rejeição Novamente.
É muito comum que aquele filho mais rejeitado pelos pais, seja o mais dedicado a eles. Esse filho vive numa busca eterna por migalhas de aprovação. Nesses momentos ele sente, por um breve instante, que tem algum valor. E por isso faz de tudo para agradar numa busca constante por mais aprovação.
Depois a criança se torna um adulto e repete esse comportamento nos seus relacionamentos amorosos.
Quando um parceiro tem estabilidade emocional e não consegue lhe dar essa montanha russa emocional a qual a pessoa está inconscientemente condicionada, ela não consegue se sentir atraída.
Quando o relacionamento reproduz o círculo vicioso da “rejeição – migalhas de aprovação e atenção”, a pessoa sente uma intensa atração.
Indo um pouco mais fundo, não é a pessoa em si que tem essa atração pela rejeição. Quem sente essa atração é a carga emocional acumulada de rejeição que a pessoa carrega. Essa carga forma uma sombra, e essa sombra tem necessidade de crescer e se alimentar. E o seu alimento é a rejeição.
Então, a sombra leva a pessoa de forma inconsciente a buscar relacionamentos que tragam esse sentimento, pra que ela possa se fortalecer.
A cura para esse “vício” está em liberar os sentimentos de rejeição que a pessoa carrega. E pra isso uma ferramenta muito importante, devido à sua eficácia e simplicidade é a EFT. Com a autoaplicação da técnica, você consegue dissolver profundamente as emoções das experiências negativas do passado. Isso ajuda a dissolver a sombra e a resgatar a autoestima.
A consequência é a mudança de comportamento. A pessoa deixa de se sentir atraída por relacionamentos doentes e passa a se interessar por relações mais saudáveis onde o normal é dar e receber amor e atenção.